O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano e reforçou, em comunicado oficial, que a manutenção dos juros nesse patamar por um período “bastante prolongado” é considerada necessária para garantir a convergência da inflação à meta oficial. A decisão, alinhada à estratégia cautelosa adotada pelo Banco Central, ocorre mesmo diante da redução nas projeções internas de inflação.
Segundo o BC, os indicadores recentes mostram desaceleração mais consistente dos preços, porém ainda insuficiente — na avaliação da instituição — para autorizar um ciclo de flexibilização monetária. O comunicado destaca que o ambiente fiscal permanece como um dos principais pontos de atenção, ampliando incertezas e elevando o custo de desancoragem das expectativas de mercado.
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Apesar de reconhecer avanços na trajetória inflacionária, o Copom preferiu não sinalizar cortes futuros e reiterou que eventual mudança dependerá do comportamento das expectativas, da dinâmica de preços e da percepção de risco sobre as contas públicas. A decisão mantém o Brasil entre os países com juros reais mais altos do mundo, cenário que pressiona a atividade econômica e segue no centro das críticas ao governo federal, que enfrenta dificuldades para transmitir confiança sobre sua política fiscal.
A nova reunião do colegiado está prevista para o início de 2026, quando o Banco Central avaliará novamente se as condições permitem o início de um ciclo de redução da Selic.
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