O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta terça-feira, 28 de outubro, que o estado está “sozinho” no enfrentamento às facções e que pedidos de apoio com blindados das Forças Armadas foram negados pelo governo federal. A declaração foi dada após a megaoperação realizada nas zonas Norte do Rio, com participação das polícias Civil e Militar e do Gaeco do Ministério Público.
Castro classificou a ação como a “maior da história do Rio” e disse que a escalada da violência exige integração efetiva entre União, estado e municípios, além de reforço material — como veículos protegidos — para garantir segurança às equipes que ingressam em áreas dominadas por criminosos.
A União, porém, rebateu os pontos de Castro e divulgou dados para sustentar que tem atuado no estado. Em nota, o governo federal destacou que a Polícia Federal realizou em 2025 ao menos 178 operações no Rio, 24 delas voltadas ao combate ao tráfico de drogas e armas, com 210 prisões — números apresentados também por veículos que ouviram a Esplanada.
Os números de mortos e presos na operação desta terça variam conforme as fontes, e as autoridades ainda consolidam dados. Em um dos balanços preliminares divulgados por sites locais, foram reportadas 81 prisões, apreensão de 40 fuzis e ao menos 24 mortos (20 suspeitos e quatro policiais). Já outra emissora de TV citou balanço mais alto de suspeitos mortos, enquanto o Ministério da Justiça ressaltou cooperação com o governo fluminense e que informações oficiais seriam atualizadas ao longo do dia.
Contexto recente: na semana passada, Castro já havia defendido no Congresso regras mais rígidas contra o tráfico e maior integração federativa. O governo do Rio também anunciou que apresentará um plano de reconquista de territórios dominados pelo crime, com reocupação permanente e serviços públicos, reconhecendo que ação policial isolada não resolve o problema estrutural.
Enquanto o estado e a União trocam versões sobre pedidos de reforço e estatísticas operacionais, moradores seguem sob tensão em áreas conflagradas. Com a disputa narrativa aberta, o ponto central — coordenação estável e resultados verificáveis — volta a ser cobrado. A próxima atualização oficial deverá dirimir divergências sobre letalidade, prisões e materiais apreendidos nesta operação.
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