Campanha do PT culpa governo Bolsonaro por fraudes no INSS

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O PT iniciou uma campanha nas redes sociais culpando o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelas fraudes e irregularidades identificadas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Divulgada no perfil oficial do partido no X, a série intitulada “Verdade sobre o INSS” é composta por quatro vídeos.

Cada episódio aborda um aspecto das acusações: congelamento de benefícios, descontos indevidos na folha de pagamento, aumento das fraudes durante o governo anterior e envolvimento de chefias do INSS em esquemas ilícitos. Segundo o PT, a gestão do presidente Lula (PT) atua agora para reparar os danos e proteger os aposentados.

Leia mais: O caminho político para as fraudes do INSS

Reportagem

A fraude no INSS foi revelada pelo repórter Luiz Vassalo, cujas reportagens geraram investigações de auditores concursados da Controladoria-Geral da União (CGU) e agentes da Polícia Federal (PF).

Os casos surgiram em 2019, sob o governo de Jair Bolsonaro, e aumentaram exponencialmente quatro anos depois, sob o governo Lula. No total, 6 milhões de pessoas vinham sendo descontadas mensalmente em seu salário de aposentadoria, a maioria sem consentimento, comprometendo ao todo R$ 6,3 bilhões. Os descontos só foram alegadamente suspensos em abril de 2025.

O esquema levou ao afastamento de seis servidores, à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e à saída do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), após reunião com Lula.

O escândalo gerou reações de ambos os lados. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou um vídeo responsabilizando o governo Lula pela fraude, enquanto o deputado André Janones (Avante-MG) rebateu com conteúdo em defesa da atual gestão, culpando a administração Bolsonaro.

“Eu não tinha que fazer nada, não”

O tema também foi debatido na Comissão de Transparência do Senado, em uma troca de acusações entre o novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

O ministro atribuiu as irregularidades ao governo anterior, enquanto Moro criticou a demora do atual governo em responder ao problema.

O senador reforçou que, em junho de 2023, em uma reunião do Conselho Nacional de Previdência Social na qual Wolney estava presente, a conselheira Tônia Galleti citou que tinha recebido denúncias de descontos associativos não autorizados, mas o tema não foi incluído na pauta do encontro pelo então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, mesmo com pedido da conselheira naquele momento, e voltou a ser tratado apenas no ano seguinte.

“O senhor ouviu na reunião, na reunião foi informado sobre as fraudes, vossa excelência não fez nada”, disse Moro.

“Eu não tinha que fazer nada, não”, respondeu Wolney. E Moro rebateu: “Vossa excelência era pessoa de confiança de Carlos Lupi e continua no ministério”.

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