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Caminhoneiros discutem nova paralisação no Brasil; Vem greve ai?

caminhoneiros -Foto - Agencia Senado
caminhoneiros -Foto - Agencia Senado

Categoria ameaça suspender suas atividades para protestar contra o aumento da tarifa de importação de pneus.

Uma das categorias mais importantes para a economia brasileira é a dos transportadores, mais conhecidos como caminhoneiros. Esses trabalhadores são responsáveis por transportar a grande maioria das cargas do Brasil, abastecendo a indústria e o mercado.

É por isso que uma greve desses profissionais tem um impacto tão grande no país e precisa ser evitada pelo governo federal.

Recentemente, os caminhoneiros ameaçam fazer uma nova paralisação nacional caso a Camex (Câmara de Comércio Exterior) aumente o imposto de importação de pneus. A ameaça parte da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores) e da Fetrabens (Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo).

Os fabricantes instalados no país defendem um aumento de 16% para 35% na alíquota do tributo para equilibrar a concorrência com os pneus asiáticos, sobretudo vindos da China.
Já a categoria profissional quer evitar o reajuste para não sofrer um aumento ainda maior no frete, que já está alto em razão da crise climática.

Temendo o impacto na inflação, representantes do governo avaliam uma alíquota de 20%, mas não sabem se a proposta será suficiente para agradar os transportadores.

“Não dá para suportar mais esse aumento. Se isso não for revertido, há grandes chances de uma mobilização como a de 2018 [greve que paralisou rodovias e prejudicou fornecimento de insumos e mercadorias]”, disse Walace “Chorão” Landim, presidente da Abrava, em entrevista à Folha de S. Paulo.

Everaldo Bastos, representante da Fetrabens, afirmou durante audiência sobre o assunto que a categoria só consegue comprar pneus novos porque a concorrência dos importados reduz os preços.

“Aumentar o custo para o caminhoneiro é pedir uma nova greve. [Em 2018] Os caminhoneiros pararam por causa de 20 centavos no óleo diesel e nossos associados já estão pressionando para não haver aumento dos pneus”, acrescentou.

ANTT se manifesta

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) se posicionou pela primeira vez sobre o assunto durante a audiência na Comissão de Viação de Transportes na Câmara. A entidade é contra o aumento da tarifa de importação de pneus de 16% para 35%.

Segundo o superintendente de Serviços de Transporte Rodoviária da agência, José Aires Amaral Filho, o aumento poderia resultar no sucateamento do setor.

“Quando a gente olha a realidade da categoria, vemos que eles vêm sofrendo com o aumento dos custos dos insumos. O principal fator da greve em 2018 foi insumos, o óleo diesel”, pontuou.

Cerca de 94% dos 747 mil transportadores de carga registrados no Brasil têm até três veículos e não conseguiram repassar os gastos da alta dos preços dos pneus para o frete, disse a ANTT. A grande preocupação da agência, afirmou Amaral Filho, são os caminhoneiros autônomos.

*Com informações da Folha de S.Paulo.

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