No dia 30 de junho de 2025, durante entrevista ao portal Metrópoles, o ministro da Defesa, José Múcio, denunciou a paralisação de caças da Força Aérea Brasileira (FAB) em razão da falta de combustível disponível para as aeronaves operacionais. “Nós precisamos de combustível e de dinheiro para manutenção de equipamentos que foram comprados com erário público. Nós temos caças parados, aviões de combate parados”, afirmou o ministro.
Segundo apuração da Gazeta do Povo, sete dos dez aviões do Grupo de Transporte Especial (GTE) da FAB destinados ao transporte de autoridades estão fora de operação por falta de combustível e manutenção, restando apenas três aeronaves em uso no país.
Em nota oficial, a Força Aérea Brasileira confirmou que as restrições orçamentárias “impactam não apenas o reabastecimento das aeronaves, mas todo o ciclo de operação e manutenção da frota”, incluindo limitações na aquisição de lubrificantes, peças de reposição e reparos de motores, o que compromete a plena disponibilidade dos meios militares.
Em reação ao quadro, o ministro José Múcio anunciou a elaboração de uma proposta de emenda constitucional, batizada de “PEC da Previsibilidade”, que assegura reserva mínima de 2 % do PIB para os gastos de defesa, à semelhança do padrão adotado pela Otan. Segundo ele, a medida visa despolitizar o orçamento militar e garantir “uma Defesa digna, do jeito que o Brasil merece”.
Analistas apontam que, em 2025, o Ministério da Defesa sofreu bloqueio de R$ 2,6 bilhões em seu orçamento, intensificando contingenciamentos já recorrentes desde 2019. A escassez de recursos tem elevado o risco de falhas operacionais e traz preocupações sobre a capacidade de resposta da FAB em missões de soberania e defesa nacional.
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