O Brasil emergiu como um dos principais polos de eletromobilidade ao registrar, em 2024, 118 mil unidades de veículos elétricos vendidos, expansão de 126% em relação ao ano anterior, representando mais de 6% de todas as vendas de automóveis de passeio no país . No mesmo período, o Japão viu suas vendas elétricas caírem 33%, a menos de 60 mil unidades, reflexo de incentivos fiscais menores e preferência por híbridos .
No cenário global, a transição para veículos eletrificados acelera: segundo o relatório “Electric Vehicle Outlook 2025” da BloombergNEF, as vendas mundiais de BEVs e PHEVs devem atingir 22 milhões de unidades em 2025, alta de 25% em um ano, com a China liderando com quase dois terços do total, seguida pela Europa (17%) e EUA (7%) .
Dados do primeiro trimestre de 2025 reforçam o momento brasileiro: foram mais de 30 mil eletrificados vendidos, 40% acima do mesmo período de 2024 . Entre as medidas de estímulo, o IPI Verde, regulamentado pelo Decreto nº 10.XXX/2025, zerou o IPI para “carros sustentáveis” produzidos no Brasil — exigindo emissão inferior a 83 g CO₂/km, pelo menos 80% de materiais recicláveis e fabricação nacional, medida válida até dezembro de 2026 .
O avanço brasileiro ocorre em paralelo à previsão de que, até 2030, os veículos elétricos representarão cerca de 20% das vendas mundiais de automóveis de passeio, no cenário de evolução natural das políticas climáticas e da queda contínua do custo das baterias .
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