A Prefeitura de São Paulo apresentou o projeto “Bonde São Paulo”, um sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) composto por duas linhas circulares de 6 km cada, totalizando 12 km no coração da capital paulista . Com previsão de atender até 130 mil passageiros por dia e retirar cerca de 11 mil veículos da região central, o modal pretende integrar nove estações de Metrô, duas de trens metropolitanos e cinco terminais de ônibus, formando uma rede multimodal que favorece a mobilidade urbana e a redução de emissões .
Caracterizado pelas cores provisórias Azul e Vermelha, o Bonde São Paulo cruzará pontos estratégicos como o Viaduto Santa Efigênia, a Praça da República, o Mercado Municipal e a Rua da Consolação, passando também em frente às estações da Luz e Júlio Prestes . A SP Urbanismo, responsável pelo desenvolvimento, deve concluir o primeiro bloco de anteprojetos no mês corrente e finalizar os estudos técnicos e de engenharia até agosto, abrindo então o projeto para consulta pública e licitação.
O investimento estimado é de R$ 4 bilhões, com custo operacional mensal de R$ 170 mil por quilômetro e receita tarifária projetada entre R$ 80 milhões e R$ 120 milhões ao ano, sem contar ganhos extras com naming rights e espaços comerciais . Além da infraestrutura de transporte, a iniciativa inclui requalificação de 50 km de calçadas, implantação de 5 km de corredores verdes e 30 km de ciclovias, retrofit de 500 imóveis e atração de 200 mil novos moradores ao centro, dentre outras intervenções urbanísticas voltadas à revitalização e à segurança pública .
Experiências similares em outra região do estado ilustram o potencial transformador dos VLTs. Desde 2015, o VLT da Baixada Santista opera entre Santos e São Vicente, impulsionando não apenas a mobilidade — com transporte ágil, seguro e sustentável — mas também o mercado imobiliário local, cuja valorização é visível em lançamentos próximos ao modal . Entretanto, como pontua Mauro Calliari em artigo na Folha de S.Paulo, embora a proposta de dois anéis de 12 km seja promissora, desafios como cronograma apertado, licenciamento ambiental e impacto no viário pesado podem adiar a implementação .
Oficialmente, a meta é inaugurar o Bonde São Paulo em 2027, prazo considerado otimista por especialistas, mas visto como fundamental para reanimar a área central e encerrar o ciclo de degradação associado à cracolândia . Com amplo potencial de fomento ao turismo, atração de investimentos e melhoria da qualidade de vida, o VLT surge como peça-chave na estratégia de reurbanização do centro paulistano.
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