O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a fazer declarações polêmicas nesta segunda-feira (25), afirmando que, caso seja preso, será assassinado em no máximo 30 dias. A fala, carregada de teor conspiratório, reforça a narrativa de perseguição que o ex-chefe do Executivo tem adotado diante do avanço de investigações que miram seu entorno político e pessoal.
“Não tenho a menor dúvida de que em 30 dias, no máximo, me matam (…) Se me prenderem, vão me matar. Não tenho a menor dúvida de que serei envenenado”, declarou Bolsonaro em conversa com apoiadores, em tom de desabafo e tensão crescente.
A fala acontece em meio a investigações da Polícia Federal que apuram uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Bolsonaro, que nega as acusações, tem adotado um discurso de vitimização e alertado seus seguidores sobre o que chama de “perseguição política”.
Nos bastidores, aliados temem que a situação jurídica do ex-presidente se agrave nos próximos meses. As investigações da PF avançam sobre uma série de áudios, e-mails e mensagens que estariam ligando diretamente Bolsonaro a planos para subverter o resultado eleitoral que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A estratégia de comunicação do ex-presidente tem sido pautada por frases de efeito, evocando riscos à sua integridade física e apelando ao emocional de sua base. Especialistas veem na declaração uma tentativa de se antecipar a possíveis decisões da Justiça, criando um clima de comoção e mobilização social.
A declaração reacende o debate sobre a segurança de ex-presidentes, a responsabilidade institucional e os limites do discurso político em um cenário já polarizado. Se, de um lado, Bolsonaro afirma temer ser assassinado caso vá para a prisão, do outro, opositores o acusam de querer tumultuar o ambiente político e minar a credibilidade das instituições democráticas.
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