A defesa do ex-presidente apresentou ao um laudo médico com termos alarmantes ao relatar um quadro classificado como apneia do sono severa, indicando que Bolsonaro interrompeu a respiração 514 vezes em um intervalo de 24 horas, segundo o exame anexado à petição.
O documento, conforme descrito no material apresentado à Corte, refere-se a um exame de sono realizado durante o período em que o ex-presidente esteve sob custódia da Polícia Federal. O laudo aponta episódios repetidos de interrupção respiratória ao longo de uma única noite, situação que, de acordo com a defesa, representa risco relevante à saúde e exige monitoramento médico contínuo.
Com base nessas informações, os advogados solicitaram prisão domiciliar em caráter urgente, alegando que o ambiente hospitalar e o acompanhamento especializado seriam indispensáveis diante da gravidade do quadro clínico descrito. O material sustenta que a frequência das pausas respiratórias — descritas como centenas de interrupções — pode agravar condições cardiovasculares e neurológicas, além de elevar o risco de complicações súbitas.
A divulgação dos dados médicos gerou forte repercussão política e jurídica. Embora o uso de termos como “parou de respirar centenas de vezes” tenha causado impacto, especialistas costumam destacar que, em exames de apneia, essas interrupções são medidas técnicas relacionadas a episódios de obstrução das vias aéreas durante o sono, variando em duração e intensidade. Ainda assim, quando classificadas como severas, indicam um quadro que demanda atenção clínica rigorosa.
O pedido agora está sob análise do STF, que deverá avaliar o conteúdo do laudo, os argumentos da defesa e as demonstrações médicas apresentadas para decidir se há fundamento jurídico e humanitário para eventual mudança no regime de custódia do ex-presidente.
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