Um dia após a coluna do Metrópoles afirmar que Jair Bolsonaro teria dado aval para Tarcísio de Freitas disputar a Presidência com seu apoio, o enredo ruiu em poucas horas: o próprio governador de São Paulo reiterou que buscará a reeleição em 2026, e os filhos do ex-presidente, Flávio e Carlos, classificaram a informação como falsa. O movimento esvazia a narrativa de “acordo fechado” e recoloca o xadrez da direita em compasso de espera.
O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro fez questão de negar a matéria do portal Metrópoles.
Nas últimas semanas, Tarcísio tem repetido publicamente que seu plano é concluir o mandato e disputar a reeleição no Palácio dos Bandeirantes. A posição foi reafirmada em 17 de setembro, após nova rodada de especulações nacionais. Aliados próximos admitem que seu nome é competitivo para o Planalto, mas pontuam que a prioridade política e administrativa segue sendo São Paulo.
A versão de um “pacto” costurado por líderes do PP e do União Brasil também encontra barreiras práticas. A federação União Progressista (União+PP), recém-formalizada e hoje uma das maiores forças no Congresso, trabalha seu próprio calendário e mantém, no radar, a pré-candidatura do governador Ronaldo Caiado — o que torna improvável um anúncio fora de alinhamento interno. Ou seja: qualquer decisão dependerá de arranjos partidários e eleitorais que ainda não amadureceram.
No entorno bolsonarista, a ordem é reduzir ruídos. A família de Jair Bolsonaro desautorizou publicamente a ideia de que uma “benção” já estivesse dada a Tarcísio. O recado, por ora, preserva o governador de um desgaste precoce e evita que a sucessão presidencial contamine a agenda paulista de entregas e eventos regionais.
Em síntese: não houve “martelo batido”. Tarcísio sustenta a rota da reeleição, a federação União Progressista organiza sua estratégia nacional, e o bolsonarismo guarda para si o timing de qualquer anúncio — quando e se ele vier.
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