Bolsonaro avalia pedir que Trump reverta as tarifas contra o Brasil

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estuda solicitar diretamente ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a reversão das tarifas de 50% impostas sobre produtos brasileiros, anunciaram interlocutores próximos ao político nesta quinta-feira (10) .

Segundo aliados de Bolsonaro, a proposta visa neutralizar o discurso da esquerda, que atribui o aumento das taxas ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro e acusa o ex-presidente de influência indevida na Casa Branca .

Trump anunciou em 9 de julho a imposição de tarifas de 50% sobre todas as importações brasileiras, com vigência a partir de 1º de agosto, justificando a medida pela “caça às bruxas” contra Bolsonaro e pelas restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal a empresas de tecnologia americanas .

Esta não é a primeira vez que o governo Trump adota barreiras comerciais contra o Brasil: em abril deste ano, a Casa Branca já havia aplicado tarifas de 10% a aço e alumínio, medida que motivou o Congresso brasileiro a aprovar a Lei da Reciprocidade Comercial, dispositivo que autoriza retaliações em caso de ações unilaterais, além de estimular negociações bilaterais .

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu convocando reunião de emergência com ministros na quarta-feira (9), em que o ministro da Economia, Fernando Haddad, classificou as tarifas como “insustentáveis” e defendeu uma solução por meio do diálogo diplomático .

Analistas alertam para impactos nos preços de commodities no mercado americano, especialmente café e suco de laranja, considerando que o Brasil é responsável por cerca de um terço do fornecimento de café e mais de metade da oferta de suco nos Estados Unidos .

Entretanto, interlocutores de Bolsonaro reconhecem que a tentativa de contato direto pode não surtir o efeito desejado e, caso Trump mantenha a decisão, a medida fortalecerá o discurso de defesa da soberania e do governo Lula, além de expor o ex-presidente a desdobramentos jurídicos no Supremo Tribunal Federal .

A movimentação de Bolsonaro sinaliza uma estratégia de reaproximação com Washington, na tentativa de mitigar perdas políticas e econômicas, mas reforça as tensões diplomáticas em um momento de fragilidade na relação bilateral.

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