O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou oficialmente, em carta manuscrita lida nesta manhã de Natal pelo seu filho e senador Flávio Bolsonaro, que o escolhe como pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. A mensagem foi divulgada pouco antes de Bolsonaro ser submetido a uma cirurgia de hérnia inguinal no Hospital DF Star, em Brasília, e marca um gesto político em um momento em que o ex-mandatário enfrenta graves impasses jurídicos e de saúde.
Na carta, assinada por Jair Bolsonaro e intitulada “Carta aos Brasileiros”, o ex-presidente afirma que tem enfrentado “duras batalhas, pagando um preço alto com minha saúde e família” para defender o que considera o melhor para o país.
“Diante desse cenário de injustiça, e com o compromisso de não permitir que a vontade popular seja silenciada, tomo a decisão de indicar Flávio Bolsonaro como pré-candidato à Presidência da República em 2026”, escreve Bolsonaro no documento que Flávio leu em frente ao hospital.
O texto enfatiza a entrega do próprio filho como forma de manter “a representação daqueles que confiaram em mim” e de “retomar a responsabilidade de conduzir o Brasil com justiça, firmeza e lealdade” aos anseios do eleitorado, conclamando ainda apoio sob a bênção de Deus e compromisso com família e liberdade.
Flávio Bolsonaro, que já havia anunciado sua intenção de disputar a Presidência no início de dezembro com apoio declarado do pai, afirmou que a carta “tira qualquer sombra de dúvida” sobre seu nome e reforça a necessidade de unidade política para enfrentar o que chama de “cenário adverso” nas eleições contra o atual governo.
A escolha de Flávio como herdeiro político ocorre enquanto Jair Bolsonaro segue preso em Brasília, cumprindo pena de 27 anos por tentativa de golpe contra a ordem democrática, e enfrenta resistência interna de grupos políticos e setores do mercado que cogitavam outros nomes para representar a direita em 2026.
A movimentação tende a intensificar a polarização política no Brasil às vésperas da disputa presidencial, com setores conservadores divididos entre a continuidade do legado de Bolsonaro e a busca por figuras com perfil mais moderado diante de um cenário em que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca reeleição.
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