fbpx
Pesquisar
Close this search box.

Bolsonaro afirma a ministros que indicará André Mendonça ao STF

andremendonca-dfmobilidade.jpg

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (6) que indicará André Mendonça para o STF (Supremo Tribunal Federal). Ele é o atual titular da AGU (Advocacia Geral da União). A afirmação foi feita durante a reunião ministerial do governo.

Em 8 de junho, Fux pediu a Bolsonaro para que aguardasse a aposentadoria de Marco Aurélio Mello antes de indicar um novo nome para a vaga. O pedido deve ser seguido oficialmente. A mensagem de Bolsonaro aos ministros ocorreu em tom informal.

André Mendonça será o 3º AGU a ser indicado para uma cadeira no STF. Antes de serem ministros, Gilmar Mendes e Dias Toffoli também ocuparam o cargo. Gilmar no governo de Fernando Henrique Cardoso e Toffoli no governo Lula.

O presidente Bolsonaro tem reafirmado a intenção de indicar um evangélico ao posto de ministro do Supremo. Além disso, busca um perfil amigável, com relação pessoal. Mendonça cumpre os 2 requisitos. Mendonça é a 2ª indicação de Bolsonaro na Corte. A 1ª foi do ministro Nunes Marques.

Em sua última sessão plenária no STF, o ministro Marco Aurélio afirmou que o advogado-geral da União tem a sua “torcida” para substituí-lo na Corte. Mendonça é o nome mais cotado para a vaga que será aberta com a aposentadoria do ministro, marcada para o próximo dia 12. O outro nome é do de Augusto Aras, atual procurador-geral da República.

O ministro Marco Aurélio soube do anúncio pelos jornais e que ainda não foi comunicado pelo presidente ou por integrantes do governo sobre quem será seu substituto.

Mendonça, almoçou nesta terça-feira com senadores do Bloco Vanguarda, que é composto por DEM, PL e PSC na sala da liderança do grupo na Casa. O ministro falou que estava em peregrinação pelos senadores e que ainda não falou como indicado à vaga ao STF.

O almoço foi organizado pelo líder do bloco, senador Wellington Fagundes (PL-MT), e tinha entre os presentes os senadores Já presentes Carlos Portinho (Republicanos-RJ), Daniella Ribeiro (PP-PB), Zequinha Marinho (PSC-PA), Plinio Valério (PSDB-AM), Jorginho Mello (PL-SC) e Maria do Carmo Alves (DEM-SE).

Na saída do evento, o titular da AGU foi perguntado sobre a confirmação da indicação, mas se esquivou. “Essa pergunta deve ser feita ao presidente”, disse.

Quem é Mendonça

Pastor Igreja Presbiteriana do Brasil, em Brasília, Mendonça integra os quadros da AGU desde 2000. Atual de Santos, ele é doutros em direto pela Universidade de Salamanca, na Espanha.

Apesar de seu perfil evangélico ser uma das características buscadas por Bolsonaro, ele afirma que não coloca sua fé à frente de suas decisões. Durante julgamento no STF sobre liberação de cultos na pandemia, o atual AGU citou passagens bíblicas e disse que “sem vida em comunidade não há cristianismo”. Também é a favor da isenção de pagamento de impostos a igrejas.

Durante quase um ano, Mendonça foi o ministro da Justiça, depois da saída do ex-juiz Sérgio Moro. Foi durante a sua gestão que o ministério manteve um relatório sobre opositores do governo Bolsonaro. Na época, ele justificou a existência do documento dizendo que governos anteriores faziam o mesmo.

Mas Mendonça voltou ao comando da AGU em abril deste ano. Ele foi indicado como advogado-geral da União por Bolsonaro em 2019.

No período em que fez parte da AGU, Mendonça trabalhou no combate a corrupção e teve atuação em áreas econômicas, como em leilões de infraestrutura e no departamento de patrimônio e probidade. Também teve passagem pela CGU (Controladora Geral da União), onde foi assessor do ministro Wagner Rosário.

 

Com informações do Poder 360

Comentários