Banco Central barra acordo e liquidação do Banco Master expõe falhas da gestão federal
A decisão do Banco Central de decretar, nesta terça-feira (18), a liquidação extrajudicial do Banco Master reacendeu críticas à condução do sistema financeiro sob o governo Lula. O ato, assinado por Gabriel Galípolo, presidente do BC indicado politicamente pelo Planalto, encerra de forma abrupta as negociações do Master com o Grupo Fictor e evidencia mais um episódio de instabilidade institucional gerada por interferências e falta de previsibilidade regulatória.
A medida também atinge a Master SA Corretora de Câmbio, cuja liquidação foi igualmente determinada. A EFB Regimes Especiais de Empresas foi nomeada liquidante, com amplos poderes de administração e execução do processo.
O encerramento compulsório da instituição, anunciado poucos dias após a tentativa de negociação com novos investidores, levanta questionamentos sobre a inconsistência da política econômica e a falta de transparência das decisões do governo federal no setor financeiro. Para analistas, o episódio reforça a percepção de que o ambiente regulatório brasileiro permanece vulnerável a decisões intempestivas, que afastam potenciais compradores e ampliam o risco sistêmico.
Com a liquidação, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) assume a responsabilidade por ressarcir os credores do Banco Master, dentro dos limites previstos nas normas vigentes. Embora o mecanismo seja uma garantia ao correntista, seu acionamento frequente indica falhas de supervisão prévia — área que sofre forte influência da agenda governista atual.
Em meio ao discurso oficial de “estabilidade” e “segurança”, o caso Master revela contradições profundas na política financeira do governo Lula e abre um novo flanco de desgaste, especialmente diante da postura crítica do mercado e da insegurança gerada entre investidores.
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