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Banco Central corta taxa de juros; Selic vai a 12,25% ao ano

Foto: Reprodução
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O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou a decisão pouco após o fechamento dos mercados nesta quarta-feira

O Banco Central pela terceira vez, cortou a taxa básica de juros (Selic). A redução foi de 0,5 ponto percentual. Com isso, o patamar do indicador fica em 12,25% ao ano.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou a decisão após o fechamento dos mercados nesta quarta-feira (1º). Até então, o patamar da Selic estava em 12,75% ao ano.

Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Gabriel Muricca Galípolo, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes.

“A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, expectativas de inflação com reancoragem apenas parcial e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária. O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, alerta o Copom, em nota.

Esse é o terceiro corte em três anos. Na reunião de agosto, o Copom iniciou o ciclo de corte, após uma arrocho iniciado em 2020.

O governo tem feito pressão para que a redução paulatina. O entendimento é que a baixa é essencial para atrair investimentos, gerar empregos e estimular o consumo.
A agenda de reformas, a queda da inflação, a previsão de crescimento do PIB e a mudança na nota de crédito do país são os principais argumentos em favor da redução da Selic.

Segundo o Copom, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres.

Impacto da meta fiscal

Havia um temor de que a polêmica envolvendo a meta fiscal de 2024 impactasse na decisão do comitê.

A confusão começou na sexta-feira (27), após o presidente Lula afirmar publicamente que a meta de zerar o deficit primário nas contas públicas em 2024 não deve ser cumprida.

O Copom deixou um recado claro:

“Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas”, ponderou.

Nos bastidores, o governo discute a primeira mudança na meta fiscal de 2024, que pode sair de zero para até 0,5% do PIB.

Integrantes da equipe econômica estão divididos entre um grupo que defende uma meta de deficit de 0,25% do PIB. Outro parte, 0,5% do PIB, o que sugere R$ 50 bilhões de rombo.

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