Em recuperação judicial nos Estados Unidos, empresa registrou prejuízo líquido de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre de 2023
Rodrigo Oliveira
Companhia aérea encerrou o último trimestre do ano passado com prejuízo líquido de 1,1 bilhão de reais, revertendo lucro de 231 milhões no mesmo período do ano anterior. No ano, a linha registrou recuo de 1,2 bilhão de reais, leve redução no prejuízo na comparação com 2022, quando encerrou o período com 1,5 bilhão de reais de perdas.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) recorrente avançou para 1,62 bilhão nos últimos três meses de 2023, alta de 38,3% contra o quarto trimestre anterior.
O resultado foi apoiado em parte pela redução de 23% no custo com combustível de aviação, aumento de 9,2% trimestre contra trimestre no indicador de preços de passagens yield, que ficou 52,61 centavos agora, e uma taxa de câmbio mais favorável.
A empresa encerrou o trimestre passado com crescimento de 6,7% na receita líquida, que chegou a 5,04 bilhões de reais.
A relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado foi de 3,7 vezes no final do ano passado, redução de 0,3 vez ante o fim do mesmo período de 2022.
O CASK, métrica de custo operacional das empresas aéreas, ficou praticamente estável, com leve recuo de 0,1% na comparação entre os últimos três meses de 2023 e 2022. No período mais recente, o dado ficou em 35,99 centavos de real. O custo unitário excluindo combustível e as operações das aeronaves cargueiras, no entanto, apresentou aumento de 13,8%.
Empresa ainda enfrenta processo de Recuperação Judicial
A Gol entrou com processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, conhecido como chapter 11, em 25 de janeiro, pressionada por dívidas elevadas e ainda sofrendo com a queda de receita nos último anos com os impactos da pandemia. Além disso, atrasos em entregas de novas aeronaves para atender a retomada da demanda também contribuíram para as dificuldades a empresa.