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Leilão supeito: Após escândalo, governo desiste de importar arroz

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Carlos Fávaro (Agricultura) anunciou que o governo desistiu de comprar o cereal

 

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou que o governo federal desistiu de fazer a importação de arroz para abastecer o mercado nacional.

Em entrevista ao canal GloboNews, Fávaro diz que o preço do pacote do cereal está dentro da normalidade e que a compra internacional não será necessária.

“Tivemos problemas, é fato, nós cancelamos esses leilões. Mas o fato real é que, com a sinalização de disponibilidade do governo de comprar arroz importado e abastecer o mercado brasileiro, além da volta da normalidade em estradas, os preços do arroz já cederam e voltamos aos preços normais”, disse.

Arrozgate

A bilionária compra do grão acabou em escândalo que derrubou um secretário do ministério de Lula, Neri Geller. O filho de Geller foi revelado como sócio da corretora que venceu o certame.

A capacidade técnica e operacional dos vencedores do leilão também foi questionada. O escândalo desgastou o governo e acabou na demissão de Geller e de Thiago José dos Santos, diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

 

CPI do Arrozão

A compra do arroz, mesmo contrariando recomendação da Federarroz, entidade representativa do setor com mais de 6 mil produtores filiados, movimentaria cerca de R$7,2 bilhões e levantou suspeitas.

Na Câmara dos Deputados, a oposição se movimentou para instalar uma CPI para investigar a importação. O movimentou chegou a coletar 160 das 171 assinaturas necessárias para tirara comissão do papel, mas o governo atuou e conseguiu esvaziar a CPI.

O autor do pedido, Luciano Zucco (PL-RS), celebrou a decisão de cancelar a compra, mas afirmou que vai continuar mobilizado para que eventuais irregularidades sejam investigadas e punidas.

“Não é porque o governo desistiu do leilão que vamos desmobilizar. Precisamos de uma investigação independente para apurar essa cadeia de responsabilidades. Alguém levaria vantagem com isso”.

 

*DP

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