O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, decidiu não integrar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Assembleia-Geral da ONU. A decisão foi tomada após os Estados Unidos concederem visto diplomático com uma restrição inédita: o deslocamento ficaria limitado ao trajeto entre o hotel e a sede da ONU — e a uma área de até cinco quarteirões no entorno. O governo classificou a medida como “inaceitável”.
A limitação imposta a Padilha foi descrita por veículos como mais severa do que a aplicada rotineiramente a diplomatas de países sob sanções, e inviabilizaria agendas paralelas e reuniões bilaterais.
O episódio ocorre semanas depois de os EUA cancelarem os vistos da esposa e da filha do ministro e, em paralelo, anunciarem revogações e restrições de vistos a brasileiros e ex-dirigentes da OPAS ligados ao programa Mais Médicos, sob a alegação de “exportação de trabalho forçado” pelo regime cubano.
Diplomaticamente, Brasília levou o caso ao Comitê de Relações com o País-Sede da ONU, protestando contra as limitações ao ministro durante a semana da Assembleia-Geral.
Em termos práticos, Padilha fica em Brasília — e o Planalto soma um constrangimento internacional no momento em que tenta emplacar agendas de saúde e fôlego político no Congresso. Na rua, o “passe livre” até existiu, mas só valia dentro de cinco quarteirões.
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Assinatura: Hamilton Silva
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