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Apesar de receber verba pública a Rede Sarah se recusa a receber pacientes do Covid-19

brasilia-centro REDE SARAH-DFMOBILIDADE

Secretaria de Saúde do Distrito Federal pediu ajuda da Rede Sarah de hospitais para ajudar no atendimento dos pacientes com Covid.

Em ofício enviado ao governo local na semana passada — e ao qual DFMobilidade teve acesso –, Lúcia Willadino Braga, presidente da rede, negou o pedido.

Lúcia alega que a maioria dos pacientes em atendimento nos hospitais pertence aos grupos de risco e que essa demanda tem aumentado justamente em razão da pandemia.

“Nossos leitos e procedimentos cirúrgicos se destinam a esses pacientes graves e alto risco de morte. Em consequência da expansão do número de infectados pelo vírus, há diariamente uma demanda adicional significativa por reabilitação de pacientes que sobreviveram à Covid com sequelas graves, que envolvem disfunções motora, neurológica e cognitiva.”

A presidente da rede também disse no documento que tem emprestado “materiais e equipamentos para as Secretarias de Saúde estaduais e municipais de todas as unidades da Federação em que a rede tem unidade hospitalar”.

A Rede Sarah de hospitais tem nove unidades espalhadas pelo país e é especializada na reabilitação de pacientes — muitos deles ilustres, como membros do Congresso Nacional, ministros de Estado e de tribunais superiores. A rede foi inaugurada em 1960, pela então primeira-dama Sarah Kubitschek, e desde 1991 é mantida pela Associação das Pioneiras Sociais, criada por lei naquele ano. Todo o orçamento dos hospitais é público: votado anualmente no Congresso e repassado para uma administração privada por intermédio do Ministério da Saúde. Nos últimos anos, parlamentares e ex-funcionários têm se movimentado para cobrar mais transparência acerca de receitas e despesas e da fila de espera de atendimento na rede.

 

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