O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou nesta quarta-feira (22/10) que a anistia aos investigados e condenados pelos atos de 8 de janeiro deve retornar à pauta “em cerca de 15 dias”. Segundo ele, após duas semanas de votações menos polêmicas — um pedido dos líderes partidários acolhido pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) — a proposta pode ser apreciada na primeira semana de novembro. A estratégia da oposição é apresentar um “destaque de preferência” para votar um texto alternativo que recupere o perdão amplo, geral e irrestrito, afastando a versão de “dosimetria” sugerida pelo relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
Nos bastidores, o PL alinhou com Motta que só pedirá a pauta quando houver apoio consolidado do centro — movimento que visa evitar novo desgaste após semanas de confrontos regimentais. A expectativa dos oposicionistas é repetir a força da aprovação da urgência, que passou com 311 votos, e destravar o tema para decisão do Plenário.
Contexto: desde setembro, Motta alterna sinais de abertura e cautela. Ele já incluiu a urgência em votação, mas também registrou que a definição sobre levar o mérito ao Plenário depende do colégio de líderes. Com isso, o cronograma ficou elástico e sujeito ao humor da base governista, que resiste à anistia e prefere empurrar o debate — cenário que a oposição tenta reverter com acordo político e voto contado.
O que observar nas próximas semanas • Se o “destaque de preferência” será admitido para antecipar a votação do texto alternativo de anistia ampla.
• A consolidação do apoio do centro para garantir maioria simples no mérito.
• A posição pública de Hugo Motta na volta do feriado e após a “quarentena” de pautas menos controversas.
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