Generais são presos em nova etapa de investigação federal e abalam o Planalto
A operação deflagrada na manhã desta terça-feira pela Polícia Federal resultou na prisão de generais da ativa e da reserva, aprofundando a crise que já desgastava o núcleo político do governo Lula. As ordens judiciais — cujo conteúdo permanece sob sigilo — apontam para suspeitas de envolvimento dos militares em irregularidades investigadas há meses por órgãos de controle, incluindo contratos e decisões tomadas no âmbito federal.
As prisões ampliam a tensão já existente entre o Executivo e setores das Forças Armadas, principalmente porque os alvos ocupavam posições estratégicas ou exerciam influência política significativa no entorno do governo. O Planalto tenta, em público, minimizar o impacto, mas bastidores relatam apreensão com o avanço das apurações e com a possibilidade de que delações ou quebras de sigilo revelem novos ramais de responsabilidade.
Fontes primárias da PF informam que parte do material apreendido envolve documentos, celulares e registros de comunicação considerados sensíveis, o que indica que a investigação deve ganhar novas fases nos próximos dias. A Defesa, por sua vez, limitou-se a afirmar que acompanhará o caso “com respeito às instituições e ao devido processo legal”, sem comentar o mérito.
A oposição no Congresso reagiu imediatamente, cobrando transparência e questionando o alcance das suspeitas dentro da estrutura do governo federal. Líderes governistas, por outro lado, insistem que as prisões não têm relação direta com decisões políticas, mas sim com condutas individuais sob investigação.
O fato é que o episódio pressiona ainda mais um governo que já enfrenta dificuldades de articulação, ruídos internos e críticas crescentes sobre a condução da segurança institucional — um tema sensível e, agora, inevitavelmente politizado.
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