O advogado Paulo Faria, defensor do ex-deputado Daniel Silveira, usou as redes sociais para lançar um pedido de ajuda humanitária. Segundo ele, Silveira vive uma situação crítica, sem renda, sem conta bancária, sem CPF ativo e com a saúde debilitada após cirurgia no joelho.
Na postagem, Faria afirma que o ex-parlamentar precisa de centenas de sessões de fisioterapia — duas por dia, durante seis meses — além de medicamentos e alimentação especial. Ele acusa o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de impor uma “tortura ininterrupta” ao seu cliente.
O advogado divulgou uma chave PIX em seu próprio nome, alegando ser o único autorizado a arrecadar e administrar as doações. O apelo rapidamente ganhou repercussão, ultrapassando 800 mil visualizações e recebendo valores variados, de R$ 5 a R$ 1 mil.
Pouco depois, uma nova postagem informou que a campanha havia sido encerrada, com agradecimentos públicos aos doadores e mensagens de apoio.
Contexto jurídico
O caso ocorre em meio a uma série de decisões judiciais recentes. No dia 4 de agosto, o ministro Luiz Fux rejeitou um habeas corpus humanitário, por entender que o pedido era juridicamente incabível. Em 7 de agosto, Moraes autorizou que Silveira deixe o presídio temporariamente para tratamento médico, com uso de tornozeleira eletrônica.