A startup londrina AltoVolo lançou o projeto do Sigma, um eVTOL híbrido-elétrico para três ocupantes que promete autonomia de até 821 km e redução de ruído de 80 % em comparação a helicópteros convencionais. Com peso máximo de decolagem de 980 kg, o Sigma já realizou testes de voo em escala reduzida e terá lista de espera aberta em julho para pedidos antecipados.
Especificações técnicas
O Sigma apresenta desempenho equilibrado entre energia elétrica e combustível líquido:
- Alcance híbrido: 827 km
- Alcance elétrico: 427 km
- Velocidade de cruzeiro: 354 km/h
- Velocidade máxima: 475 km/h
- Tempo pairado: 15 min
- Carga útil: 270 kg
- Teto de voo: 3.050 m (10.000 pés)
- Nível de ruído na decolagem: 65–70 dB(A) a 100 m
As dimensões compactas — 4,05 m de comprimento, 4,8 m de envergadura e 1,58 m de altura — permitem pousos em calçadas, telhados ou iates, sem necessidade de grandes infraestrutura aeroportuária.
Inovação em design e segurança
O sistema de propulsão combina jatos elétricos inclináveis com motor de combustão convencional, aproveitando explosões rápidas da bateria no VTOL e alta densidade energética do combustível em cruzeiro. O design “silhueta limpa” foi validado pelo Dr. Richard E. Brown, da Sophrodyne Aerospace, e conta com:
- redundância tripla nos sistemas de controle;
- estabilidade por vetor de empuxo;
- paraquedas balístico ativável a 15 m de altitude.
Mercado e comparativos
Enquanto Archer Aviation e Joby Aviation miram no mercado de táxi aéreo com alcances de 160 km e 842 km, respectivamente, o Sigma se posiciona como alternativa aos helicópteros privados em áreas residenciais. A autonomia e o baixo ruído sugerem uso em operações corporativas, emergenciais e recreativas, sem depender de infraestrutura pública intensiva.
Desafios regulatórios e próximos passos
O protótipo em escala já concluiu testes de voo; o demonstrador em tamanho real está em construção. A certificação junto às agências de aviação e a definição de normas para operação urbana continuam como principais desafios. A AltoVolo prevê iniciar entregas a partir de 2027, após concluir ensaios e homologações.
A chegada do Sigma pode representar um avanço na mobilidade aérea urbana, mas seu sucesso dependerá da integração com políticas de planejamento e de investimentos em infraestrutura de apoio.
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