Arruda tem condenação mantida pelo STJ, segue inelegível, mas insiste em pré-campanha e engana eleitor

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A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve, por unanimidade, a condenação do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda por participação no esquema de desvio de recursos públicos e pagamento de propina envolvendo a empresa de tecnologia Linknet. Com a decisão, Arruda permanece inelegível por oito anos e obrigado a reparar danos e pagar multa civil que, somadas e atualizadas, chegam a aproximadamente R$ 559 milhões.

Mesmo diante do impedimento legal, Arruda segue em evidente pré-campanha, afrontando normas eleitorais e tentando reescrever sua própria biografia política. Em reuniões, eventos e articulações, o ex-governador tenta convencer a população de que pode concorrer — algo juridicamente inviável. A estratégia, além de ilegal, se apoia no desgaste da memória coletiva, apostando que o eleitor terá esquecido não apenas o escândalo que ficou conhecido nacionalmente, mas também a cena de arruda saindo do Palácio do Buriti algemado, em um dos momentos mais simbólicos da crise política do DF.

A defesa tentou, mais uma vez, anular a condenação sob o argumento de que a gravação feita por Durval Barbosa teria sido desconsiderada pela Justiça Eleitoral. No entanto, a Primeira Turma reafirmou a validade das provas e o entendimento de que Arruda participou diretamente da estrutura de pagamento de propina vinculada a contrato emergencial com a empresa de tecnologia. O relator do caso, ministro Gurgel de Faria, já havia negado o pedido monocraticamente — e o colegiado apenas confirmou o óbvio: a condenação permanece.

Ainda assim, Arruda insiste em posar como vítima, como se sua inelegibilidade fosse fruto de perseguição política e não resultado do maior escândalo de corrupção já registrado na história do Distrito Federal. Ao ignorar a decisão judicial e seguir em movimentação eleitoral, tenta empurrar ao eleitorado a fantasia de que seu retorno ao poder é uma possibilidade concreta.

Não é. Pior que o político são seus potenciais apoiadores que ainda insistem nessa cultura dos FORA DA LEI.

A Justiça foi explícita: Arruda está fora da disputa. O resto é teatro — e dos ruins.

 

Por: Hamilton Silva é jornalista e editor-chefe do portal DFMobilidade. Economista formado pela Universidade Católica de Brasília e diretor da Associação Brasileira dos Portais de Notícias (ABBP)

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