A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira (29) que o número de mortos na operação policial contra a facção Comando Vermelho, realizada no dia anterior nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio, chegou a 132 pessoas. A ação é considerada a mais letal da história do estado.
Segundo o balanço oficial divulgado pelo governo estadual, até então haviam sido confirmadas 64 mortes, entre as quais quatro policiais. A defensoria e entidades da sociedade civil afirmam que dezenas de corpos — cerca de 60 segundo moradores — foram levados por populares da mata na Serra da Misericórdia até a Praça São Lucas, no complexo da Penha, e não constavam da contagem oficial.
A operação, segundo o governo, envolveu cerca de 2,5 mil policiais, blindados e helicópteros, com o objetivo de retomar comunidades dominadas por facções criminosas.
Organizações de direitos humanos, inclusive Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights (OHCHR), expressaram “horror” pela letalidade da ação e pediram investigação imediata.
A discrepância entre o número oficial do governo e o informado pela defensoria acende questionamentos sobre transparência, controle de operações policiais em favelas e o envolvimento de civis. A operação, pela escala e resultado em vidas, coloca sob estresse o debate público sobre uso da força, direitos humanos e políticas de segurança pública no Rio.
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