A transferência do ministro Luiz Fux da 1ª para a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, oficializada por Edson Fachin, expôs o crescente mal-estar nos bastidores da Corte. A mudança, embora prevista no regimento, ocorre após sucessivas divergências jurídicas e políticas entre Fux e integrantes da 2ª Turma, responsável por julgamentos de maior repercussão penal.
Ex-presidente do STF, Fux deixa para trás um ambiente de disputa interna cada vez mais visível, que colocou em choque linhas opostas sobre garantias penais, combate à corrupção e alcance das decisões da Corte. A mudança redistribui forças, altera votos futuros e reposiciona o ministro no tabuleiro do Supremo.
Nos bastidores, a leitura é clara: a saída não foi apenas administrativa — foi o desfecho de uma convivência desgastada e de visões incompatíveis sobre o rumo do próprio STF.