Não bastasse ser vaiado pela claque petista em evento que celebrou o Dia dos Professores no Rio de Janeiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi constrangido por um ataque frontal do presidente Lula (PT) à maioria de direita no Legislativo. O chefe do governo brasileiro buscou cumplicidade de Motta, ao afirmar que ele saberia que a atual formação do Congresso Nacional nunca teve tão “baixo nível”.
“Hugo [Motta] é presidente do Congresso [sic] e ele sabe que esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível que tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu na eleição passada é o que existe de pior”, declarou Lula, ao discursar diretamente para o presidente da Câmara, que não preside o Congresso.
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Minutos antes, Lula quebrou o protocolo para “socorrer” Hugo Motta, que foi vaiado ao discursar diante de um público formado majoritariamente por apoiadores de esquerda. Ao notar o desconforto do presidente da Câmara, em meio às vaias e a gritos de “sem anistia”, o presidente da República levantou-se e ficou ao lado de Motta.
A postura sorridente de Lula, ao encenar a tentativa de aplacar a repulsa da plateia ao presidente da Câmara, uniu-se ao seu ataque a congressistas de direita, para evidenciar indícios de um contentamento do petista com o constrangimento sofrido pelo deputado paraibano.
Motta administra a pauta de votação da Câmara dos Deputados, que aprovou regime de urgência, em setembro, para tramitação do Projeto de Lei (PL) 2162/2023, que tenta conceder anistia a condenados por crimes para “trama golpista” contra eleição de Lula (PT), entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), rival do presidente.
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