O governo dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira (14) a revogação de vistos de seis estrangeiros que publicaram mensagens celebrando o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk. Entre eles, um brasileiro foi citado pelo Departamento de Estado como caso emblemático. A medida integra a diretriz de “tolerância zero” a manifestações que glorifiquem violência contra cidadãos americanos e foi anunciada no mesmo dia em que o presidente Donald Trump concedeu, postumamente, a Medalha Presidencial da Liberdade a Kirk, em cerimônia na Casa Branca.
Segundo o Departamento de Estado, as revogações atingem cidadãos da África do Sul, Argentina, México, Brasil, Alemanha e Paraguai. A decisão decorre de publicações identificadas pela diplomacia americana como “apologia ao crime” após o atentado que matou Kirk em 10 de setembro, durante evento universitário em Utah. A pasta informou que continuará monitorando redes sociais e tomando “as medidas cabíveis” em relação a estrangeiros que incentivem ou celebrem violência.
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No Brasil, o caso ganhou repercussão no mês passado quando o vice-secretário de Estado, Christopher Landau, ordenou a retirada do visto de um médico brasileiro por comentário comemorando o crime. A nova rodada de sanções confirma que a política será aplicada de forma ampla. Recado dado: visto não é direito adquirido — e, para Washington, transformar homicídio em troféu custa caro.
O ato desta terça veio acompanhado de um gesto simbólico: Trump homenageou Kirk no Jardim das Rosas, em data que marcaria seu aniversário de 32 anos, reforçando o discurso de que o ativista se tornou “mártir da liberdade de expressão”. A cerimônia reuniu lideranças conservadoras e autoridades estrangeiras.
Contexto: a escalada de casos envolvendo discurso de ódio e ataques a figuras públicas nos EUA reacendeu o debate sobre limites da liberdade de expressão para não cidadãos. Pelas regras americanas, a concessão e a manutenção de vistos são discricionárias e podem ser revogadas a qualquer tempo, especialmente quando há indício de ameaça à segurança ou de conduta considerada incompatível com o interesse nacional.
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Assina: Hamilton Silva
