O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, telefonou nesta quinta-feira (9/10) para o chanceler Mauro Vieira. O contato, confirmado por nota oficial, abriu caminho para uma reunião em Washington “em breve” para tratar da agenda econômico-comercial — sobretudo das tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros.
Segundo agências internacionais e o próprio Itamaraty, a conversa foi “positiva” e acertou que equipes técnicas dos dois governos se encontrem na capital americana para destravar pendências herdadas dos últimos meses. Em paralelo, Rubio convidou Vieira para uma agenda presencial durante a próxima missão brasileira.
No pano de fundo, pesa o chamado “tarifaço”: um acréscimo de 40% adotado em julho, somado a uma tarifa anterior de 10%, que elevou o custo de exportações brasileiras rumo ao mercado americano. A intenção de Brasília é diminuir esse peso — tarefa que exigirá mais do que um telefonema simpático.
O aceno de Rubio ocorreu dias depois da conversa Lula-Trump. O presidente brasileiro pediu que o diálogo com o Brasil ocorra “sem preconceito” — formulação que expõe a fragilidade política do Planalto no tema e a necessidade de esfriar a retórica para tentar resultados práticos.
Entre promessas e realidade, o governo fala em levar “os melhores argumentos econômicos” para convencer Washington de que as tarifas encarecem a vida do consumidor americano. Verdade. Mas argumento sem estratégia é só discurso — e, por enquanto, quem está ditando o ritmo é o lado de lá.
Próximos passos: reunião técnica em Washington e, se houver ambiente, encontro ministerial para chancelar avanços. Até lá, a indústria brasileira segue no compasso da incerteza — e o Planalto, correndo atrás do prejuízo.
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