Em publicação nas redes sociais, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), rebateu declarações do senador Ciro Nogueira dadas ao jornal O Globo e classificou como “vergonhosa” a movimentação do senador para se apresentar como possível vice de Tarcísio de Freitas. Segundo Caiado, Ciro “se coloca como porta-voz do presidente Bolsonaro, o que ele não é”. “Se Bolsonaro quiser escolher um porta-voz, certamente será um de seus filhos ou sua esposa, Michelle. Não o Ciro Nogueira, senador de inexpressiva presença nacional, que um dia já jurou amor eterno ao Lula”, afirmou.
Caiado acusou Ciro de tentar arbitrar, em nome de Jair Bolsonaro, os nomes da direita para a disputa presidencial — apontando Tarcísio como preferido e Ratinho Júnior como “reserva”. O governador disse que o senador “vetou” pelo menos três pré-candidaturas — Romeu Zema, Eduardo Bolsonaro e a dele próprio — e sustentou que sua eventual candidatura não depende de aval do ex-ministro: “Quanto à minha pré-candidatura, devo dizer que não dependo de aval de Ciro Nogueira”.
O goiano declarou que respeitará a decisão final de Bolsonaro “qualquer que seja ela”, frisando que os nomes supostamente “vetados” sempre apoiaram o ex-presidente “desde sua primeira eleição”, ao contrário de Ciro, a quem atribuiu críticas passadas a Bolsonaro. Em tom político, Caiado evocou Antônio Carlos Magalhães para afirmar que “para ter voz nacional, é preciso ser respeitado em seu estado”, citando ter “88% de aprovação em Goiás nos últimos três anos”, enquanto, segundo ele, Ciro “não tem forças sequer para se reeleger senador no Piauí”.
Ao encerrar, Caiado pediu “moderação e respeito” ao senador e disse que Ciro “não tem estatura política para julgar as pré-candidaturas a presidente, incluindo a minha”, ressaltando que a estratégia para derrotar o PT não “passará por ele”.
Por: Hamilton Silva – é jornalista e editor-chefe do portal DFMobilidade
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