Sem acordo orçamentário, governo dos EUA entra em shutdown; CBO estima até 750 mil servidores afastados
Os Estados Unidos iniciaram, à 0h01 desta quarta-feira (1º), uma paralisação parcial do governo federal (shutdown) após o Senado falhar em aprovar medidas provisórias de financiamento. Propostas de ambos os partidos não alcançaram os 60 votos necessários, encerrando o ano fiscal sem orçamento aprovado.
Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), até 750 mil servidores poderão ser colocados em licença não remunerada por dia durante a paralisação — com pagamento retroativo garantido por lei quando o impasse terminar. Serviços essenciais, como segurança nacional, controle de tráfego aéreo e seguridade social, seguem operando, ainda que com impactos e atrasos.
A ofensiva final fracassou na noite de terça (30), quando um projeto republicano de curto prazo que manteria o governo aberto por sete semanas não obteve os 60 votos, e a alternativa democrata — que incluía verbas adicionais para saúde e manutenção de subsídios do Obamacare — também foi rejeitada. Sem acordo, a Casa Branca orientou as agências a executarem seus planos de contingência.
Na prática, parques e museus podem fechar ou operar com serviços reduzidos; inspeções de rotina e parte dos atendimentos administrativos ficam suspensos; e contratos e compras públicas são postergados. A continuidade e a dimensão dos efeitos dependem da duração do impasse político no Capitólio.
O shutdown é o primeiro do atual mandato presidencial e expõe a divisão no Congresso sobre prioridades de gasto e saúde. A reabertura requer que Câmara e Senado aprovem um mesmo texto de financiamento — integral ou temporário — e que ele seja sancionado. Até lá, a pressão política e econômica tende a crescer a cada dia de paralisação.
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