O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu vetar o projeto que alterava regras da Lei da Ficha Limpa (PLP 192/2023), mantendo as atuais barreiras à candidatura de condenados e tornando sem efeito, por ora, a articulação que poderia reabilitar nomes como o ex-governador do DF José Roberto Arruda nas eleições de 2026. O veto será publicado no Diário Oficial desta terça-feira (30). Para quem apostava no “liberou geral”, deu ruim.
O texto aprovado no Congresso unificava em oito anos os prazos de inelegibilidade e permitia, em várias hipóteses, que a contagem começasse antes do cumprimento integral da pena; também havia dispositivo que poderia operar de forma retroativa. A Advocacia-Geral da União e o Ministério da Justiça haviam recomendado o veto, por entenderem que as mudanças enfraqueciam o núcleo da Ficha Limpa.
Com a decisão do Planalto, políticos condenados por crimes graves seguem impedidos de disputar até oito anos após o cumprimento da pena, preservando o desenho vigente desde 2010. No tabuleiro local, a estratégia de Arruda — que dependia das novas regras para viabilizar retorno às urnas — perde tração e volta para o beleléu.
Próximos passos: como todo veto presidencial, o caso retorna ao Congresso, que pode mantê-lo ou derrubá-lo em sessão conjunta. Até lá, vale a Ficha Limpa como está.
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