Os dados sobre o trânsito no Brasil são alarmantes, conforme o alerta do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, durante o 16º Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego, em Salvador. O país registra anualmente mais de 32 mil mortes em acidentes de trânsito, o que representa uma média de 92 vítimas por dia. Contudo, o impacto vai muito além das vidas perdidas: para cada óbito, há pelo menos 10 pessoas com sequelas graves ou permanentes.
Sofrimento Prolongado e Custos Astronômicos
Diante do sofrimento prolongado enfrentado pelas famílias é possível compreender o alto índice de sequelas que afeta diretamente a sociedade, incapacitando jovens e adultos de estudar ou trabalhar. esse cenário leva o país a ser um dos que possui o maior número absoluto de vítimas no trânsito, comparado a nações muito mais populosas, como Índia e China.
A relação dos sinistros no trânsito com impacto financeiro também é classificado como “astronômico”. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estimam o prejuízo anual em R$ 50 bilhões. Esse valor é a soma de despesas hospitalares, custos com reabilitação, gastos da previdência social e prejuízos na produtividade.
A medicina do tráfego como é chamada e vista, tem a função que se assemelha com a atuação clínica, unindo a prática médica ao compromisso social, fornecendo dados e soluções para orientar políticas públicas e decisões do Estado brasileiro.