A Casa Branca endossou, nesta quarta-feira (24), o alerta feito por Donald Trump durante a 80ª Assembleia-Geral da ONU: segundo a secretária de Imprensa, Karoline Leavitt, o Brasil “vai falhar” se insistir em se afastar dos Estados Unidos. A mensagem foi publicada por Leavitt no X, com a frase “Trump alerta que Brasil vai falhar sem a parceria com os EUA”, reiterando o pedido para que Brasília se realinhe a Washington.
No discurso de terça-feira (23), Trump afirmou que o Brasil “está indo mal e continuará indo mal” e que “só irá bem se trabalhar conosco; sem nós, vai fracassar como outros fracassaram”, em referência a tarifas e a medidas de pressão já adotadas contra autoridades e setores brasileiros.
O reforço público do recado ocorre no contexto de escalada recente: o governo americano cancelou vistos de integrantes do Judiciário e do Executivo brasileiros e impôs novas restrições comerciais — parte de uma política que, segundo comunicados oficiais, responde a ordens brasileiras que teriam atingido direitos de cidadãos dos EUA e plataformas sediadas no país.
Apesar do tom duro, a própria Casa Branca sinalizou disposição para diálogo. Em nota anterior, Leavitt indicou que Trump está aberto a negociar com Lula, inclusive por conversa telefônica — um gesto que mantém a via diplomática em paralelo à pressão.
O que está em jogo • Comércio e tarifas: novas barreiras podem encarecer exportações brasileiras e pressionar cadeias produtivas sensíveis.
• Vistos e circulação: a continuidade de revogações atinge autoridades e equipes técnicas, afetando agendas multilaterais e cooperação.
• Plataformas e liberdade de expressão: Washington vincula parte das medidas a suposta interferência brasileira sobre conteúdo e dados de usuários nos EUA.
Panorama político O Planalto tenta reduzir a temperatura e sustentar um canal de conversa, mas a mensagem da Casa Branca — na forma mais explícita possível — é que a relação terá custos enquanto persistirem choques em comércio, governança digital e garantias civis. Em bom “diplomatês”: diálogo, sim; concessões unilaterais, não. Para um governo que acusa “sanções arbitrárias”, o recado foi direto — e público.
Redes DFMobilidade — participe do debate Acompanhe e comente as atualizações: Instagram | X (Twitter) | Facebook | YouTube
Assinatura: Hamilton Silva




