Em um momento simbólico para a política norte-americana, o presidente Donald Trump e o empresário Elon Musk foram vistos conversando e trocando um aperto de mãos durante o memorial de Charlie Kirk, realizado neste domingo (21) no State Farm Stadium. É o primeiro encontro público entre ambos desde o rompimento de junho, quando a relação política azedou e trocas de críticas vieram a público.
O evento reuniu dezenas de milhares de pessoas e lotou o estádio — ao menos 40 mil dentro, com overflow em arenas próximas — em uma cerimônia que mesclou luto, religião e forte conteúdo político. A segurança foi reforçada por agências federais, diante do tamanho e da visibilidade do ato.
Ao discursar, Trump exaltou o legado de Kirk e o classificou como “mártir da liberdade”, em linha com a tônica do público que transformou a despedida em um grande rito cívico. A viúva, Erika Kirk, emocionada, afirmou perdoar o acusado pelo assassinato do marido e foi confirmada como nova líder da Turning Point USA, a organização que ele fundou.
A breve conversa entre Trump e Musk, seguida de um aperto de mãos, ocorreu nas cadeiras próximas ao palco e foi registrada por repórteres e câmeras no estádio. Ainda não há detalhes sobre o teor do diálogo, mas o gesto foi interpretado nos bastidores como um degelo pragmático após meses de atrito público.
A morte de Charlie Kirk, de 31 anos, alvejado durante um evento em Utah em 10 de setembro, transformou o ato deste domingo em um catalisador para a base conservadora, com a presença de autoridades e lideranças nacionais. Para aliados, o encontro entre Trump e Musk, neste contexto, sinaliza tentativa de recomposição em torno de pautas convergentes — ainda que diferenças recentes permaneçam sem solução explícita.
O que fica • Reencontro público raro entre Trump e Musk, meses após a ruptura — gesto lido como trégua tática.
• Memorial com lotação máxima e aparato digno de evento nacional, reforçando o peso político de Kirk para o movimento conservador.
• Erika Kirk assume a liderança da TPUSA; discurso de perdão marca o tom religioso do ato.
— DFMobilidade
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