A semana política no DF foi quente e os bastidores expôs uma engenharia para esvaziar o PT no Distrito Federal e travar a candidatura de Leandro Grass ao Buriti em 2026. A operação — atribuída a Rodrigo Rollemberg e Ricardo Cappelli (PSB) — mira tomar a cabeça de chapa da esquerda no DF, com beneplácito de setores nacionais que preferem acomodar interesses de cúpula a ouvir a base.
Os Fatos e provas da verdadeira trama
— Grass entrou no PT em 25 de julho, mantendo-se na presidência do Iphan e projetando protagonismo no DF — fato público que elevou sua estatura interna e acendeu o alerta entre aliados de Cappelli.
— O PSB formalizou Cappelli como pré-candidato ao GDF e segue trabalhando seu nome — inclusive com aparições como presidente da ABDI.
— Washington Quaquá (vice do PT nacional) manifestou apoio a Cappelli, o que foi recebido como “agressão ao PT-DF” por Chico Vigilante o “capa preta” mais influente do petismo local — sinal de interferência de cima para baixo.
— A arbitragem final passará pela direção nacional do PT, hoje sob Edinho Silva, eleito e empossado em julho e agosto de 2025 e claro por Lula
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Direto ao ponto
O PT acuado pela própria cúpula: ao tolerar pressão externa do PSB e de dirigentes nacionais, o PT-DF repete um vício histórico — trocar debate interno por alinhamento de gabinete. Resultado: militância desmobilizada e narrativa frágil diante do eleitorado.
Já Rollemberg & Cappelli jogam para interditar o adversário, não para convencer o centro: a dupla prefere “arrumar a chapa” por cima a disputar projeto e resultados com o cidadão comum. Quando a estratégia central é derrubar o concorrente aliado, a mensagem para o eleitor é de impotência, não de liderança. (Inferência editorial ancorada nos movimentos noticiados.)
O Sinal trocado: enquanto o PT tenta reconstruir musculatura no DF com a filiação de Grass, o PSB acelera a pré-campanha de Cappelli com apoio externo — um jogo que empurra a esquerda local para uma guerra de vaidades, em vez de agenda para mobilidade, emprego e segurança.
Quem ganha/quem perde
— Ganha quem unificar sem tutela: a sigla (ou frente) que oferecer método transparente — prévias, debates públicos e compromisso programático — herdará a credibilidade que a “engenharia de cúpula” desperdiça.
— Perde o eleitor do DF: o foco em bastidores adia discussões reais (transporte, desenvolvimento e investimento, o mesmo problema herdado do governo federal que sem agenda governa o Brasil), tema que deveria pautar qualquer candidatura séria ao Buriti.
Para pensar
Ah não tem nada disso: é só diversionismo barato para constar na mídia! NÃO, NÃO É! O PT e a esquerda brasileira sempre debateu e sempre expôs de forma clara seus projetos de poders. O diversionismo faz parte, todavia eles usam muito bem a narrativa.
Finalmente
Se a esquerda brasiliense quiser disputar 2026 de igual para igual, precisa parar de medir músculos em gabinete e começar a medir resultados na rua. Até lá, o PT patina — e Rollemberg–Cappelli posam de árbitros de um jogo que o eleitor ainda nem viu começar. Acredite amigo, em meados de 2026 todos estarão juntos e abraçados.
Por: Hamilton Silva – Editor Chefe do Portal DFMobilidade, economista pela Universidade Católica de Brasília, diretor da Associação Brasileira dos Portais de Notícias e vice presidente do Rotary Club de Brasília