A criação de uma faixa reversível entre o balão da Papuda (DF-463) e o acesso à Ponte JK (DF-001) foi oficialmente proposta pela Administração Regional do Jardim Botânico após a estreia, em 18 de setembro, da nova faixa exclusiva para ônibus na DF-463, entre São Sebastião e o Jardim Botânico. A medida do GDF prioriza o transporte coletivo e já opera no sentido Plano Piloto; a reversível buscaria absorver o fluxo direcional de carros no pico da manhã, com possível operação à tarde conforme demanda.
O administrador regional Aderivaldo Cardoso encaminhou, em 16 de setembro, proposta técnica no SEI prevendo operação em caráter piloto, definição de horários, sinalização horizontal e vertical, painéis de mensagem variável e fiscalização conjunta de PMDF e Detran-DF. O documento cita ainda dados da PDAD/2024 que mostram alta dependência do automóvel nos deslocamentos da região, justificando a medida.
Em paralelo, a Associação dos Condomínios e Empreendedores do Jardim Botânico (AJAB) enviou ofício ao DER-DF solicitando “providências urgentes” para implantar a reversível no trecho Papuda–Ponte JK, alegando que a redução de faixas para automóveis após a criação da faixa de ônibus intensificou os congestionamentos.
Segundo o DER-DF e a Semob, a faixa exclusiva tem cerca de 5,6 km e foi desenhada para reduzir atrasos do transporte coletivo; estimativas divulgadas na imprensa especializada falam em até 8 minutos de ganho por viagem de ônibus.
Contexto de médio prazo: segue em obras o Viaduto do Jardim Botânico (antiga Esaf), investimento de R$ 33,5 milhões, projetado para beneficiar aproximadamente 50 mil motoristas por dia — intervenção que, combinada a uma reversível bem calibrada, tende a distribuir melhor os fluxos no corredor.
Próximos passos
— Análise técnica de viabilidade por Semob, DER-DF e Detran-DF, com eventual implantação-piloto e monitoramento contínuo.
— Eventual ajuste dinâmico de horários conforme contagens e desempenho do corredor.
Linha fina: a reversível não substitui a prioridade ao transporte coletivo — ela atua como “válvula de escape” temporária no pico direcional, enquanto as obras estruturantes avançam.
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