Delegado que investigou a facada em Bolsonaro e foi diretor da PF no governo Lula é preso

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Ex-diretor da PF na gestão Lula é preso; abriu o inquérito da facada em Bolsonaro

O delegado Rodrigo de Melo Teixeira, ex-diretor de Polícia Administrativa da Polícia Federal no atual governo, foi preso nesta quarta-feira (17/9) em operação que investiga um esquema bilionário de corrupção envolvendo órgãos ambientais e de mineração. A ação — batizada de Operação Rejeito — cumpre 22 mandados de prisão e 79 de busca e apreensão em Minas Gerais, com bloqueio de R$ 1,5 bilhão em ativos, segundo a própria PF.

Teixeira chefiou a Diretoria de Polícia Administrativa entre 2023 e 2025, indicado na gestão do diretor-geral Andrei Rodrigues. Atualmente, ocupava o cargo de diretor de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM). Era considerado o “número 3” na hierarquia da PF.

O delegado ganhou notoriedade por ter sido, inicialmente, o responsável pelo inquérito da facada contra Jair Bolsonaro em Juiz de Fora, em 2018. A prisão de hoje, porém, não tem relação com aquele caso, de acordo com veículos que apuram a operação.

De acordo com as investigações, Teixeira teria usado sua influência e colocado empresa do setor mineral em nome da esposa para obter vantagens privadas — hipótese que a PF e órgãos de controle agora rastreiam. Entre os crimes sob apuração estão corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro, usurpação de bens da União e crimes ambientais; a PF aponta ainda projetos vinculados à organização com potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.

Também foram alvos da ação dirigentes da Agência Nacional de Mineração e empresários do setor. Até a última atualização, a defesa de Rodrigo de Melo Teixeira não havia se manifestado publicamente.

Contexto e impacto: A prisão atinge diretamente a cúpula da segurança pública do governo federal, que alçou Teixeira a um dos postos mais altos da PF. O episódio expõe fragilidades de governança e controle de conflitos de interesse em estruturas sob influência política — uma cobrança que recai sobre o Planalto e sobre a direção da PF na gestão atual.

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