A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil se manifestou nesta sexta-feira (12/9) criticando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão, no julgamento da chamada trama golpista. A nota divulgada na rede social X repercute como um alerta sobre possíveis novas sanções do governo norte-americano ao país.
A publicação da Embaixada citou o vice-secretário de Estado, Christopher Landau: “Os Estados Unidos condenam o uso da lei como arma política. Como advogado, diplomata e amigo do Brasil, me dói ver o ministro Moraes desmantelar o Estado de Direito no país e arrastar as relações entre nossas grandes nações para o ponto mais sombrio em dois séculos”.
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O comunicado prossegue: “Enquanto o Brasil deixar o destino dessa relação nas mãos do ministro Moraes, não vejo saída para esta crise”.
Além da posição da Embaixada, membros do governo de Donald Trump também reagiram à condenação de Bolsonaro, indicando que os Estados Unidos estudam medidas em resposta à decisão da Suprema Corte. Grande parte das críticas foi direcionada ao ministro Alexandre de Moraes.
Embora ainda não haja detalhes sobre quais sanções seriam aplicadas, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, afirmou que “os EUA podem enviar caças F-35 e navios de guerra ao Brasil”.
A possibilidade de intervenção militar norte-americana já havia sido levantada no início da semana pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Questionada sobre uma possível condenação de Bolsonaro, ela disse que os EUA poderiam ter condições de intervir utilizando forças militares, caso fosse necessário.
O episódio intensifica a tensão entre Brasil e Estados Unidos e coloca em evidência o impacto internacional da decisão do STF no julgamento do ex-presidente.