Em coletiva na Casa Branca nesta terça-feira (9.set.2025), o jornalista Michael Shellenberger questionou o governo sobre a censura no Brasil e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF. A porta-voz respondeu que o tema é tratado como “prioridade” e que “ações significativas — incluindo sanções e tarifas” estão na mesa para defender a liberdade de expressão.
O que foi dito (trecho da entrevista) — Pergunta (Shellenberger): sobre ordens judiciais brasileiras que atingem plataformas e usuários nos EUA e o impacto do julgamento de Bolsonaro.
— Resposta (Casa Branca): o governo considera o caso brasileiro prioridade e avalia ferramentas econômicas — sanções individuais e tarifas comerciais — como parte de um pacote de “ações significativas” em defesa da liberdade de expressão.
Por que importa: Após a coletiva, a resposta se encaixa no movimento já em curso em Washington: a Casa Branca publicou, em 30 de julho, uma ordem executiva declarando emergência nacional em razão de medidas do governo brasileiro contra a liberdade de expressão e autorizando instrumentos econômicos. No mesmo dia, divulgou um fact sheet que elevou tarifas totais a 50% sobre produtos brasileiros e abriu caminho para sanções a autoridades.
As tarifas de 50% passaram a vigorar em agosto e já afetam setores como o café, enquanto discussões no Congresso e no mercado apontam potencial ampliação de sanções a agentes públicos ligados às decisões judiciais.
O governo dos EUA sinaliza que poderá escalar as medidas se não enxergar mudanças no ambiente de liberdade de expressão no Brasil — cenário monitorado por chancelarias e por setores exportadores dos dois países.
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