A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira, a proposta que prevê a adoção do voto impresso nas eleições brasileiras. O placar foi apertado: 14 votos a favor e 12 contrários, refletindo a divisão entre os parlamentares sobre o tema.
A medida, que tem gerado intenso debate no Congresso e na sociedade, altera o processo de registro do voto eletrônico, estabelecendo a impressão de um comprovante físico para cada voto digitado na urna. O eleitor, contudo, não terá acesso direto ao papel — o comprovante ficará armazenado em compartimento lacrado, disponível apenas para conferência em auditorias oficiais.
Parlamentares que defenderam a proposta alegam que o voto impresso aumentará a transparência do processo eleitoral, oferecendo mecanismo adicional de verificação e reduzindo desconfianças em relação às urnas eletrônicas. Os senadores contrários, por sua vez, alertaram para riscos de retrocesso, custos elevados e possíveis dificuldades logísticas para a Justiça Eleitoral.
Com a aprovação na CCJ, o projeto segue agora para análise no plenário do Senado. Caso seja aprovado, ainda precisará passar pela Câmara dos Deputados antes de eventual promulgação.
A votação evidencia a polarização em torno do tema e reabre discussões sobre a confiança no sistema eleitoral brasileiro, considerado seguro por especialistas e já elogiado internacionalmente.
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