Lei Magnitsky: Os 16 já listados com vínculos ao Brasil por terrorismo e narcotráfico

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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos incluiu, em 30 de julho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes (STF) na lista de sanções da Lei Global Magnitsky por “graves violações de direitos humanos”.

Na mesma base (a SDN List), já aparecem outros nomes com atuação, endereço ou cidadania ligados ao Brasil — a maioria por terrorismo (Hezbollah, Al-Qaeda e EI) ou narcotráfico. Não é exatamente um clube em que alguém queira ser associado.

Por que importa
• A designação congela ativos sob jurisdição dos EUA e proíbe cidadãos e empresas americanas de fazer transações com os listados; bancos no mundo todo tendem a replicar as restrições por risco de compliance. No caso de Moraes, a medida foi tomada sob a autoridade do E.O. 13818 (programa Global Magnitsky).

Quem são os 16 nomes na SDN com vínculos ao Brasil citados por órgãos dos EUA

  1. Ahmad Al-Khatib — Brasileiro-egípcio radicado em SP; apontado como apoiador de Al-Qaeda; teve a empresa de móveis “Enterprise/Marrocos/Daiana Portella & colchões (Home Elegance)” vinculada às sanções. (E.O. 13224, 22/12/2021).
  2. Mohamed Sherif Mohamed Mohamed Awadd — Ligado à mesma rede; proprietário da Home Elegance Comércio de Móveis (SP). (E.O. 13224, 22/12/2021).
  3. Haytham Ahmad Shukri Ahmad Al-Maghrabi — Integrante de célula de Al-Qaeda que operou no Brasil. (E.O. 13224, 22/12/2021).
  4. Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim — Vínculos com Al-Qaeda; presença no Brasil. (E.O. 13224; listado desde 2019).
  5. Osama Abdelmongy Abdalla Bakr — Ligado ao Estado Islâmico; tentou obter armamento com apoio da embaixada da Coreia do Norte no Brasil, segundo o Tesouro. (E.O. 13224, 01/11/2022).
  6. Bilal Mohsen Wehbe — Apontado como representante do Hezbollah na América do Sul. (E.O. 13224, 2010).
  7. Ali Muhammad Kazan — Operador do Hezbollah na Tríplice Fronteira (Brasil-Paraguai-Argentina). (E.O. 13224, 2006).
  8. Farouk Omairi — Figura do Hezbollah na TBA; envolvido em documentos falsos e narco-tráfico; cidadania brasileira. (E.O. 13224, 2006).
  9. Mohamad Tarabain Chamas — Operador do Hezbollah com cidadanias brasileira, libanesa e paraguaia. (E.O. 13224, 2006).
  10. Muhammad Yusif Abdallah — Vínculos com a cúpula do Hezbollah; endereços em Foz do Iguaçu constam de registros oficiais. (E.O. 13224, 2006).
  11. Assad Ahmad Barakat — Financiador-chave do Hezbollah na TBA. (E.O. 13224, 2004; atualizações posteriores).
  12. Kassem Mohamad Hijazi — Lavagem de dinheiro na região de Ciudad del Este; sancionado sob Global Magnitsky por corrupção (2021). (E.O. 13818).
  13. Liz Paola Doldán González — Associada à rede de Hijazi; empresas ligadas listadas sob GloMag. (E.O. 13818, 24/08/2021).
  14. Ciro Daniel Amorim Ferreira — Brasileiro apontado como membro do “Terrorgram Collective”. (E.O. 13224; 13/01/2025).
  15. Diego Macedo Gonçalves do Carmo — Ligado ao PCC; lavagem de cerca de R$ 1,2 bilhão, segundo autoridades; sancionado no escopo antidrogas (EO 14059). (14/03/2024).
  16. Fahd Jamil Georges — Histórico de tráfico e corrupção na fronteira Brasil-Paraguai; listado sob a “Kingpin Act” (SDNTK).

Moraes na Magnitsky
• A entrada de Alexandre de Moraes na SDN foi feita especificamente sob o programa Global Magnitsky (GLOMAG), que pune estrangeiros por corrupção ou graves abusos de direitos humanos. O Tesouro afirma que o ministro teria promovido censura a cidadãos — inclusive norte-americanos — e ordens de bloqueio de perfis em plataformas dos EUA. (Designação em 30/07/2025).

Contexto e efeitos
• A SDN List é uma lista única: reúne diferentes programas (terrorismo, drogas, corrupção/Magnitsky). Estar “na mesma lista” não significa ter sido designado pela mesma lei, mas todos sofrem bloqueios e proibições de transações nos EUA.

 

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