O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), acionou oficialmente a Corregedoria Parlamentar contra seis deputados acusados de ocupar o plenário e interromper as atividades legislativas por cerca de 30 horas. A ação, considerada “grave” e “inadmissível” pelo comando da Casa, pode resultar na suspensão dos mandatos por até seis meses.
Como começou o impasse
O protesto no plenário teve início quando um grupo de parlamentares exigiu a votação de pautas específicas e decidiu bloquear o andamento das sessões. Durante a confusão, Zé Trovão (PL-SC) chegou a barrar fisicamente a passagem de Motta à Mesa Diretora, formando uma barreira humana na escada de acesso. A obstrução só foi encerrada após a liberação do espaço.
Parlamentares sob investigação
As representações atingem:
- Marcel van Hattem (Novo-RS)
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Paulo Bilynskyj (PL-SP)
- Júlia Zanatta (PL-SC)
- Zé Trovão (PL-SC)
- Camila Jara (PT-MS) – acusada de empurrar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante o tumulto.
Próximos passos e possíveis punições
O corregedor parlamentar, Diego Coronel (PSD–BA), vai analisar as denúncias e elaborar um parecer para a Mesa Diretora. Caso seja aberta sindicância ou inquérito, os parlamentares poderão perder temporariamente o mandato, além de sofrer corte imediato de salário, cota parlamentar e verba de gabinete.
Declaração do presidente da Câmara
Hugo Motta afirmou que é dever da Presidência garantir o cumprimento do regimento e evitar que ações de força física substituam o debate e o voto:
“Não podemos permitir que o Parlamento vire palco de desordem. Há regras e elas precisam ser respeitadas.”
O papel da Corregedoria
Prevista na Resolução nº 25/2013, a Corregedoria da Câmara atua como órgão interno de fiscalização, zelando pelo decoro e disciplina parlamentar, e pode propor punições que vão desde advertências até a perda temporária do mandato.
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✍️ Hamilton Silva – Jornalista, economista e editor-chefe do Portal DFMobilidade
