Na manhã de 7 de agosto de 2025, a oposição ao governo Lula conseguiu as 41 assinaturas necessárias para protocolar, no Senado Federal, o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) . Entre os parlamentares do Distrito Federal, duas senadoras subscreveram o requerimento — Damares Alves (Republicanos-DF) e Izalci Lucas (PL-DF) — enquanto Leila Barros (PDT-DF), conhecida como Leila do Vôlei, se posicionou contrariamente, tornando-se a única representante do DF a não assinar o documento .
Contexto do pedido de impeachment
O movimento ganhou força após Moraes determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ser alvo de sanções dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky, medidas que inflamaram a retórica da base bolsonarista no Congresso e reacenderam críticas à atuação do ministro em inquéritos relativos aos ataques de 8 de janeiro de 2023 . Para que Alexandre de Moraes saia definitivamente do cargo, entretanto, seriam necessários os votos de 54 senadores — dois terços da Casa Legislativa.
Quem assinou
O líder do PL no Senado, Carlos Portinho, compartilhou nas redes sociais a lista completa dos 41 parlamentares favoráveis ao impeachment de Moraes. Entre eles, deputados com perfis conservadores e da ala ruralista, além de nomes de legendas de centro e de oposição ao governo federal, como:
- Alan Rick (União Brasil-AC)
- Alessandro Vieira (MDB-SE)
- Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
- Carlos Portinho (PL-RJ)
- Carlos Viana (Podemos-MG)
- Cleitinho (Republicanos-MG)
- Damares Alves (Republicanos-DF)
- Dr. Hiran (PP-RR)
… - Ivete da Silveira (MDB-SC)
- Izalci Lucas (PL-DF)
… - Zequinha Marinho (Podemos-PA)
Perfil de Leila Barros
Leila Gomes de Barros Rêgo nasceu em Taguatinga (DF) em 30 de setembro de 1971. Ex-atleta olímpica de voleibol — bronze em Atlanta-96 e Sydney-2000 — e medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1999, Barros migrou para a política em 2018 pelo PDT, assumindo a Secretaria de Esportes e Lazer do DF (2015-2018) antes de eleger-se senadora em 2019 . No Senado, integra o Bloco Parlamentar “Senado Independente” e ocupa a Procuradoria da Mulher.
Diferentemente de suas colegas distritais, Barros optou por não somar sua assinatura ao pedido de impeachment, argumentando publicamente, em outras ocasiões, que eventuais controvérsias envolvendo ministros do STF devem ser dirimidas por vias recursais e não por processos de afastamento político. Procurada pela reportagem, a senadora não retornou até o fechamento desta edição.
Desdobramentos e próximos passos
Com a coleta das 41 assinaturas, cabe agora ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), decidir se pauta ou não a discussão em plenário. Até o momento, Alcolumbre sinaliza resistência a abrir o processo, alegando riscos de “chantagem institucional” e de instabilidade política.
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