Trump impõe tarifa punitiva adicional de 25% à Índia e anuncia retaliações a Brasil e China

Reprodução das redes sociais
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Em 6 de agosto de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma Ordem Executiva que impõe uma tarifa adicional de 25% sobre todos os produtos importados da Índia, em retaliação à continuidade das compras de petróleo russo por Nova Délhi. Combinada à alíquota já vigente de 25%, a medida eleva o imposto de importação sobre bens indianos para 50%, efetivo 21 dias após a publicação do ato .

A ação, justificada pela Casa Branca como necessárias para “enfrentar a emergência nacional decorrente das agressões russas na Ucrânia”, delineia ainda um procedimento para que o Secretário de Comércio identifique outros países que importem petróleo russo e recomende ao presidente novas sanções tarifárias, apontando Brasil e China como possíveis alvos de medidas semelhantes .

Analistas de comércio exterior alertam para o risco de uma escalada de tensões comerciais: a elevação abrupta das tarifas pode reduzir em até 40% as exportações indianas para os EUA e pressionar cadeias globais de suprimentos, elevando os preços ao consumidor norte-americano. Além disso, o endurecimento da política tarifária pode levar a retaliações bilaterais e fragilizar o discurso de Trump sobre acordos “justos” para a indústria americana .

Do lado indiano, a reação oficial classificou a medida como “injustificada” e afirmou que continuará defendendo sua soberania energética. Fontes do Ministério das Relações Exteriores de Nova Délhi ressaltaram que os suprimentos de petróleo russo atendem a necessidades internas e que qualquer retaliação poderá agravar os custos de produção em setores-chave, como têxtil e farmacêutico .

Especialistas em geopolítica lembram que este movimento ocorre em meio a negociações estagnadas entre Washington e Moscou por um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, bem como no contexto de redefinição das cadeias de energia na Ásia. A menção explícita a Brasil e China no texto da Ordem Executiva reforça o caráter punitivo e sinaliza a disposição da administração Trump em ampliar sua estratégia de sanções para conter parceiros energéticos de Moscou.


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