Associação Moriá é alvo da PF após receber R$ 53 milhões de emendas no DF

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Nesta terça-feira (29), a Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Korban para apurar suposto desvio de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares destinadas à realização de eventos de esportes digitais.

A ação foi batizada Korban e cumpre 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas seguintes unidades da Federação: Acre, Paraná, Goiás e Distrito Federal. O relator do caso é o ministro Flávio Dino.

As investigações concentram-se na execução de cerca de R$ 15 milhões repassados à Associação Moriá por meio de termos de fomento firmados pelo Ministério do Esporte entre 2023 e 2024.

Registros públicos apontam que a entidade recebeu, no mesmo período, R$ 53 milhões em emendas parlamentares, dos quais quase R$ 46 milhões foram destinados a um programa de esportes digitais (JEDIS) voltado a crianças e adolescentes.

Segundo reportagem do Metrópoles, a diretoria da Associação é composta por um ex-cabo do Exército, um motorista e uma esteticista, o que levanta dúvidas sobre a capacidade técnica para executar projetos dessa magnitude.

Em fevereiro de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a suspender temporariamente os repasses à Moriá em razão de falta de transparência nos dados apresentados, mas as verbas foram restabelecidas após ajustes realizados pela ONG.

A Operação Korban cumpriu 16 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF, sob relatoria do ministro Flávio Dino, em endereços no Acre, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. Também foram determinadas medidas de sequestro de bens, como veículos e imóveis, e bloqueio de contas bancárias de empresas ligadas ao caso, totalizando R$ 25 milhões em indisponibilidade patrimonial.

A CGU destaca que a apuração teve início após determinação do STF no âmbito da ADPF 854, que exige maior rigor no controle e na transparência das emendas parlamentares.

O impacto social da investigação é relevante, pois os recursos alocados ao JEDIS visavam promover o desenvolvimento de estudantes da rede pública por meio de cursos profissionalizantes na área de jogos digitais e atividades pedagógicas. O eventual desvio compromete a continuidade dessas iniciativas, prejudicando o público-alvo.

Até o momento, a PF e a CGU não estimaram prazo para conclusão das apurações. O STF manteve a suspensão de novos repasses federais à Associação Moriá e proibiu a transferência de valores às empresas subcontratadas.

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