Brasil triplica vendas de terras raras para China no primeiro semestre de 2025

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As vendas de terras raras extraídas no Brasil para a China aumentaram nos primeiros seis meses de 2025, chegando a US$ 6,7 milhões, valor três vezes superior ao registrado durante todo o ano passado. Os dados foram divulgados na sexta-feira (25) pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

Embora o montante ainda seja pequeno quando comparado ao total das exportações brasileiras para o mercado chinês no período, que somaram US$ 47,7 bilhões, o número ganha relevância por envolver um insumo estratégico na disputa geopolítica entre China e Estados Unidos.

As terras raras, um grupo de 17 elementos químicos, são insubstituíveis em tecnologias de ponta. Seu principal uso está na produção de ímãs permanentes, fundamentais para a indústria de veículos elétricos, turbinas eólicas e outros equipamentos de alto desempenho. Esses ímãs possibilitam componentes menores, mais leves e mais eficientes do que as alternativas convencionais.

A China, maior produtora mundial desses minerais, mantém vantagem estratégica sobre os EUA justamente por controlar grande parte do mercado. O fornecimento de terras raras já foi usado como moeda de troca nas negociações comerciais com Washington, destravando, inclusive, restrições impostas pela Casa Branca à exportação de chips avançados da Nvidia para o regime comunista.

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