Entre junho e julho de 2025, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva promoveu o maior corte mensal já registrado no programa Bolsa Família: 855 mil famílias deixaram de receber o benefício, reduzindo o total de beneficiários para 19,6 milhões — o menor patamar desde julho de 2022, na gestão de Jair Bolsonaro.
O Ministério do Desenvolvimento Social atribui essa queda principalmente ao aumento de renda de parte dos inscritos e à modernização do Cadastro Único, com cruzamento automático de dados do CNIS e outras bases governamentais, que tornou o pente-fino mais rigoroso.
Para o ministro Wellington Dias, “são quase um milhão de famílias superando a pobreza neste mês no Brasil”, ressaltando que, mesmo com a saída do programa, as famílias permanecem no Cadastro Único, podendo retornar em caso de nova queda de renda.
Especialistas em políticas sociais alertam que cortes dessa magnitude são incomuns de forma “orgânica” e indicam possíveis falhas no sistema de atualização cadastral, com risco de exclusão indevida de famílias ainda elegíveis.
Criado em 2003, o Bolsa Família tornou-se referência mundial em transferência de renda condicionada, contribuindo para a redução da pobreza extrema e melhoria de indicadores sociais; na atual gestão, o programa foi relançado em 2023 com um piso mínimo de R$ 600 e benefícios adicionais por criança e gestante.
O Tribunal de Contas da União aprovou, em junho de 2025, nova rodada de fiscalização do Cadastro Único para evitar pagamentos indevidos e corrigir inconsistências, com auditoria prevista entre novembro de 2025 e março de 2026.
Redes sociais DFMobilidade
- Facebook: https://www.facebook.com/dfmobilidade
- X: https://twitter.com/dfmobilidade
- Instagram: https://www.instagram.com/dfmobilidade
- YouTube: https://www.youtube.com/dfmobilidade