Transplantes no DF crescem 6,5% nos quatro primeiros meses de 2025

Referência em ortopedia e trauma, Hospital Regional do Gama investe na ampliação do turno para garantir a qualidade do atendimento | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde
Referência em ortopedia e trauma, Hospital Regional do Gama investe na ampliação do turno para garantir a qualidade do atendimento | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde

De janeiro a abril de 2025, o Distrito Federal registrou 655 transplantes de órgãos e tecidos — 599 deles de urgência —, ante 615 procedimentos no mesmo período de 2024, um aumento de 6,5%, segundo dados oficiais da Secretaria de Saúde do DF .

No âmbito público, o SUS do DF habilitou unidades para transplantes de coração, rim, fígado, córnea, medula óssea e pele. O Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) realiza os procedimentos de coração, rim, fígado, córnea e medula, enquanto o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é o único autorizado para transplante de pele na rede pública do DF .

Segundo Marcos Antônio Costa, superintendente do ICTDF, “o DF conseguiu essa estatura porque o instituto está bem preparado, bem equipado. Nossos profissionais são de altíssima qualidade, a maioria veio do Incor [USP]” . A coordenação das doações é feita pela Central Estadual de Transplantes (CET), cuja gerente geral de Assistência, Maria de Lourdes Worisch, descreve a complexidade logística necessária para respeitar os tempos de isquemia — quatro horas para coração, 12 para fígado e 48 para rins —, com apoio da Força Aérea, Corpo de Bombeiros e Detran-DF .

Em âmbito nacional, o Brasil manteve em 2024 o maior sistema público de transplantes do mundo, com mais de 30 mil procedimentos — alta de 18% sobre 2022 — e cerca de 78 mil pessoas na fila de espera, principalmente por rim (42.838), córnea (32.349) e fígado (2.387) . Essa escala nacional reforça o papel de referência do DF, que desde 2009 já realizou mais de 2.800 transplantes, incluindo pioneirismo em transplante cardíaco pediátrico e adulto pelo SUS .

Para a diretora da CET, Daniela Salomão, “sem doação não há transplante. Precisamos aumentar a doação para que cada paciente na lista tenha menos tempo de espera e melhore sua qualidade de vida” . A sensibilização familiar é fundamental, pois a legislação exige consentimento dos parentes para que a doação seja efetivada.

O impacto humano desse avanço aparece na trajetória de Robério Melo, empresário diagnosticado com cirrose em 2017. Após uma semana na fila de espera, recebeu um fígado compatível e hoje preside o Instituto Brasileiro de Transplantados (IBTx), que já prestou apoio a mais de 120 pacientes em Brasília. “O transplante salva e recupera a vida. Eu devo a minha vida ao SUS”, afirma .

O GDF anunciou que intensificará campanhas de conscientização e investimentos em infraestrutura para reduzir ainda mais os tempos de espera e manter o crescimento dos transplantes até o fim de 2025.


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