“Eu conheço os homens honestos e conheço os desonestos…”: Trump adia negociação com Lula e enaltece Bolsonaro

trump--DFMOBILIDADE

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, afirmou nesta sexta-feira (11) que “talvez em algum momento eu converse com ele, mas agora não vou”, referindo-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na carta postada em sua rede social Truth Social, o republicano criticou o tratamento de Lula ao seu antecessor, destacando: “Eu o conheço bem. Negociei com ele. Era um negociador muito duro, e posso dizer que era um homem muito honesto e amava o povo brasileiro” .

A declaração ocorre dois dias após Trump ter anunciado a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que entra em vigor em 1º de agosto. Em sua carta, o ex-presidente justificou a medida alegando “ataques insidiosos às eleições livres” e um “tratamento injusto” de Lula a Bolsonaro, classificando-o como vítima de uma “caça às bruxas” conduzida pelo Supremo Tribunal Federal .

A resposta oficial do governo brasileiro veio por meio do Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), que avaliou o impacto das novas tarifas como “pouco significativo” para o Produto Interno Bruto de 2025, projetado em 2,5%. Segundo dados da própria SPE, cerca de 12% das exportações brasileiras têm os EUA como destino, principalmente commodities como óleos brutos de petróleo, ferro, aço, celulose, café e carne bovina .

Especialistas consultados pelo governo defendem a adoção imediata da Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada em abril, para responder às barreiras comerciais americanas. No Planalto, já se avalia recorrer a retaliações proporcionais caso a tarifa seja mantida ou ampliada .

Contexto e consequências
O episódio aprofunda a politização das relações comerciais entre Brasil e EUA, num momento em que o país busca diversificar parceiros e atrair investimentos estrangeiros. A retórica de Trump, ao exaltar Bolsonaro e condicionar negociações ao comportamento de Lula, sinaliza risco de escalada de medidas protecionistas, com reflexos no câmbio, no comércio internacional e na confiança dos investidores. Em Brasília, o governo federal terá de equilibrar firmeza e pragmatismo para resguardar interesses econômicos sem agravar tensões diplomáticas.

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